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Tutorial de Uso do Git/Github em R/RStudio

Este Tutorial de uso do Git/Github em R/RStudio tem como objetivo fornecer orientações práticas para usuários iniciantes e intermediários sobre como usar o Git e o GitHub diretamente na interface do RStudio para controle de versão de códigos em projetos em R. Na primeira parte, utilizamos as funções do pacote usethis, e a partir da seção “Trabalhando com Versionamento”, passamos a usar diretamente os comandos do Git.

1. Instruções Inicias para uso do Git/Github

  1. Crie uma conta gratuita no GitHub em: https://github.com/

  2. Baixe e instale o Git a partir do link: https://git-scm.com/downloads

  3. Ao fim da instalçaão do Git, abra e feche o Git Bash. Feche e reinicie o Rstudio para reconhecer o local de instalação do Git (Normalmente, fica em C:/Program Files/Git/bin/git.exe).

  4. Carregue o pacote usethis para configurar o Git para uso no Rstudio

    library(usethis)

1.1 Configurando o Git/GitHub no RStudio

Utilizaremos o pacote usethis para integrar o Git ao GitHub. Você precisará das suas credenciais do GitHub (nome de usuário e e-mail), que podem ser encontradas em Configurações → Perfil Público no GitHub.

# Configurar o Git com nome de usuário e e-mail
usethis::use_git_config(user.name = "Seu Nome", 
                        user.email = "[email protected]")

1.2 Criando e configurando um Token de Acesso Pessoal (PAT) no RStudio

  1. Para autenticar o GitHub no RStudio, você precisará criar ou regenerar um token de acesso pessoal (PAT). Para isso, execute o comando abaixo:

    # Criar um token GitHub
    usethis::create_github_token()
  1. O comando acima abrirá o site do GitHub, onde você fará login e gerará o token (um código de 40 dígitos). Copie esse token, pois ele só apareceerá uma vez.

  2. Em seguida, adicione o token ao arquivo .Renviron, que armazena variáveis de ambiente no R. Isso garante que o token fique disponível, mas protegido.

    # Abrir o arquivo .Renviron
    usethis::edit_r_environ()
  1. No arquivo .Renviron, crie uma nova linha para armazenar o token, conforme abaixo:

GITHUB_PAT=ghp_Ko3mdlNJpBzQ7lvzKTvGFg91f6HpBQlablalba

  1. Após adicionar o token copiado do site, acrescente uma linha e salve o arquivo.

  2. Reinicie o RStudio com o atalho: CTRL + SHIFT + F10

Esse processo configura o Git e o GitHub para uso direto no RStudio, possibilitando versionamento eficiente e integração com o GitHub para controle de versão de seus projetos.

2. Como criar repositório

Vamos criar nosso primeiro repositório para uso pessoal e, também, verificar se as conexões entre o RStudio e Github via Git estão funcionando corretamente.

2.1 Criando repositório primeiro no Github

A maneira mais eficiente de criar um novo repositório é diretamente pelo site do GitHub, pois isso garante que todas as configurações sejam corretamente definidas desde o início.

  1. Acesse sua conta no GitHub e clique no botão “New Repository” no canto superior direito da página para criar um novo repositório.

  2. Defina o nome do repositório, adicione uma descrição (opcional), e escolha se deseja que o repositório seja público ou privado.

  3. Marque a opção “Add a README file” para inicializar o repositório com um arquivo README.md, que você pode editar posteriormente.

  4. Preencha as informações conforme figura abaixo e clique no botão “Create repository” para finalizar a criação.

2.1.1 Clonando o Repositório no Seu Computador

Depois de criar o repositório no GitHub, o próximo passo é clonar o repositório para sua máquina local, criando uma cópia que você poderá modificar diretamente no RStudio. Além diso, esta etapa verifica se a comunicação via Git está funcionando.

  1. No GitHub, acesse a página do repositório recém-criado e clique no botão verde “Code”. Em seguida, copie a URL fornecida para clonar o repositório (por exemplo, algo como https://github.com/seu-usuario/seu-repositorio.git).

  1. Agora, no RStudio, siga estes passos para criar uma cópia local do repositório e integrá-lo ao seu projeto:
  • Vá para File → New Project.
  • Escolha a opção Version Control.
  • Selecione Git.
  • Cole a URL do repositório copiada do GitHub no campo correspondente.
  • Especifique a pasta onde o projeto será salvo localmente.
  1. Após esses passos, o RStudio criará uma cópia completa do seu repositório localmente, já vinculada ao Git e ao GitHub. Isso significa que você poderá gerenciar o versionamento do projeto diretamente do terminal do RStudio, enviando e recebendo alterações entre o repositório local e o GitHub.

2.1.2 Implementando alterações em seu projeto

Agora que o repositório está configurado no RStudio, você pode realizar pequenas alterações para testar o controle de versão com Git e GitHub. Estes procedimentos são aplicáveis quando apenas você interage com o repositório.

  1. Crie pastas e arquivos:

    • No RStudio, crie uma nova pasta e adicione um novo arquivo dentro dessa pasta (por exemplo, uma pasta teste e um arquivo teste.R).
  2. Comitando as alterações:

    • Após criar a pasta e o arquivo, vá até a aba Git no RStudio e clique no botão Commit.
    • Selecione os arquivos que deseja versionar, adicione uma mensagem explicando a alteração (ex.: “Criação de pasta e arquivo de teste”) e clique em Commit.
  3. Realizando o Push:

    • Depois de comitar as alterações, clique em Push para enviar as modificações para o repositório remoto no GitHub.
  4. Verificando no GitHub:

    • Acesse seu repositório no GitHub e verifique se as mudanças (a nova pasta e arquivo) foram sincronizadas corretamente.

2.1.3 Alterando via GitHub o arquivo README.md e Realizando Pull no RStudio

  1. Acesse a página do seu repositório no GitHub.

  2. Abra o arquivo README.md diretamente no GitHub e faça uma alteração simples (ex.: adicionar uma linha como “Alteração de teste no GitHub”).

  3. Clique em Commit changes para salvar a alteração no GitHub.

Agora, volte para o RStudio:

  1. Clique na aba Git e, em seguida, em Pull para sincronizar as alterações do GitHub com o seu repositório local.
  2. Verifique o arquivo README.md no RStudio para confirmar que a alteração feita no GitHub foi aplicada corretamente.

2.1.4 Incluindo Pastas e Arquivos no .gitignore

Nem todos os arquivos e pastas precisam ser compartilhados no repositório. Para evitar que certos arquivos sejam versionados, você pode listá-los no arquivo .gitignore.

  1. No RStudio, abra ou crie o arquivo .gitignore na raiz do projeto.

  2. Insira os nomes dos arquivos e pastas que não devem ser versionados. Por exemplo:

    # Ignorar arquivos temporários do R
    *.Rhistory
    *.Rdata
    
    # Ignorar diretórios específicos
    /data
    /output
  1. Salve o arquivo e faça um commit e um push dessas alterações. Lembre-se de verificar se os arquivos listados no .gitignore estão de fato sendo ignorados ao tentar comitar.

2.2 Criando o Repositório no Computador

Embora o método mais recomendado seja criar o repositório diretamente no GitHub e depois cloná-lo no seu computador, também é possível criar um repositório localmente no seu computador e vinculá-lo ao GitHub da seguinte maneira:

# Criar um novo projeto e repositório Git localmente
usethis::create_project(path = "D:/Git/Clube_Codigo/Nome_Projeto")

# Vincular o projeto ao Git
usethis::use_git()    

# Enviar o projeto para o GitHub e parear o repositório local
usethis::use_github()

Ao usar esse fluxo, o projeto será criado no caminho especificado em seu computador, vinculado ao Git local e, posteriormente, sincronizado com o GitHub.

2.3 Criando a partir de um Projeto Existente no Computador

Se você já possui um projeto no seu computador e deseja vinculá-lo ao Git e ao GitHub, pode facilmente fazer isso sem criar um novo projeto do zero.

  1. Abra o projeto existente no RStudio.

  2. Em seguida, use os comandos abaixo para vinculá-lo ao Git e sincronizá-lo com o GitHub:

    # Vincular o projeto existente ao Git
    usethis::use_git()
    
    # Enviar o projeto para o GitHub e criar o repositório remoto
    usethis::use_github()

Esses comandos ligarão seu projeto ao Git, permitindo controle de versão, e o subirão para o GitHub, criando um repositório remoto pareado com o seu projeto local.


3. Clonando e Bifurcando um Repositório (Fork)

Ao colaborar com outras pessoas em projetos no GitHub, pode ser útil não apenas clonar um repositório, mas também bifurcá-lo (fazer um fork). Isso permite que você trabalhe em uma cópia do repositório, mantendo a conexão com o original para futuras contribuições ou atualizações.

Para fazer isso diretamente no RStudio e de maneira eficiente, recomendamos o uso do pacote usethis. Copie e cole o comando abaixo em um script R, troque as informações e execute o comando:

# Clonando e bifurcando (fork) o repositório para o seu GitHub
usethis::create_from_github(
  repo_spec = "https://github.com/usuario-original/nome-repositorio.git",
  destdir = "D:/Git/Clube_Codigo/",
  fork = TRUE
)

Neste comando, temos:

  • repo_spec especifica a URL do repositório no GitHub que você deseja bifurcar.
  • destdir define o diretório local onde o repositório será salvo no seu computador.
  • fork = TRUE indica que você deseja criar um fork do repositório original no seu próprio GitHub, permitindo que você trabalhe de forma independente no projeto.
  • Obs: o usethis::create_from_github() simplifica muito o processo ao fazer tudo em um único comando: ele clona o repositório, cria o fork no GitHub e configura os remotos origin e upstream de forma automática e integrada com o RStudio.

4. Trabalhando com Versionamento no Terminal

4.1. Versionando enquanto mantenedor

Após ter criado um repositório o qual será usado em bifurcação (fork) com outros colaboradores, você, como mantenedor, pode querer aprimorar ainda mais seus códigos dentro do projeto de análise. Siga os passos abaixo para inserir suas alterações em arquivos editáveis como .R, .Rmd, .qmd, .csv, .xlsx, ou para adicionar arquivos não editáveis às pastas do projeto

Nota: Essas etapas são válidas quando você é o proprietário do repositório bifurcado (fork). Usaremos apenas o terminal (bash) do RStudio para trabalhar de maneira eficiente com o Git.

4.1.1 Configuração inicial do upstream

Se você ainda não fez a configuração inicial do upstream, será necessário fazê-la para conectar seu repositório local ao repositório original (upstream):

git remote add upstream https://github.com/usuario-original/nome-repositorio.git

4.1.2 Atualizando sua main local

  1. Mude para a branch main local:

    git checkout main
  1. Busque todas as atualizações do repositório original

    git fetch upstream
  1. Integre as mudanças do upstream/main em sua main local

    git merge upstream/main
  1. Envie as atualizações para seu fork no GitHub

    git push origin main

4.1.3 Criando e mudando para nova branch

  1. Crie e mude para uma nova branch para trabalhar em uma nova funcionalidade (ex.: feature/login):

    git checkout -b nome-branch
  1. Para listar as branches locais e verificar em qual você está trabalhando, utilize:

    git branch

4.1.4 Fazendo alterações no projeto

  • Modifique múltiplos arquivos em diferentes pastas, conforme necessário.

  • Crie novos arquivos ou exclua arquivos que não são mais necessários.

  • Mantenha as alterações focadas na funcionalidade/correção em que está trabalhando.

  • Realize commits frequentes para não perder o trabalho.

Como exercício, faça modificações no arquivo de código R request.R. Inclua um vetor ou matriz de dados numéricos e salve o arquivo.

  1. Após realizar as modificações, verifique quais arquivos foram modificados

    git status
  1. Verifique as alterações específicas em cada arquivo:

    git diff nome-darquivo
  1. Adicione alterações específicas ao stage:

    • Específico:

      git add nome-arquivo
    • Todos os arquivos:

      git add .
  2. Salve as alterações em um commit

    git commit -m "Descrição das alterações"
  1. Caso precise modificar o último commit (antes do push)

    git commit --amend -m "Nova mensagem de commit"

4.1.5 Atualizando sua Branch com a Main Antes do Pull Request

  1. Busque as últimas alterações do repositório original

    git fetch upstream
  1. Reaplique seus commits sobre a versão mais atual do upstream

    git rebase upstream/main
  1. Envie sua branch atualizada para seu fork

    git push origin nome-branch

4.1.6. Criando e Gerenciando o Pull Request (PR)

Após enviar suas alterações para seu fork, você precisa criar um Pull Request (PR) para que suas mudanças sejam incorporadas ao repositório original.

  1. Acesse a página do seu fork no GitHub e crie um Pull Request:

    • Clique em “New Pull Request” ou acesse a aba “Pull requests”.

    • Inclua um título claro, uma descrição detalhada das alterações, referência a issues relacionadas (se houver), e evidências de testes, prints ou GIFs (se aplicável).

  2. Após criar o PR:

    • Responda a comentários dos revisores.

    • Se precisar fazer ajustes, faça as alterações e os novos commits serão automaticamente incluídos no PR:

      git add .
      git commit -m "Ajustes conforme revisão do PR"
      git push origin nome-branch
  3. Aguarde a revisão e aprovação:

    • Esteja disponível para discutir as alterações.

    • O mantenedor pode solicitar modificações antes do merge.

4.1.7 Após o Merge do PR

  1. Retorne para a branch main

    git checkout main
  1. Atualize sua main local com as mudanças do upstream

    git pull upstream main
  1. Atualize a main do seu fork

    git push origin main
  1. Remova a branch de feature localmente

    git branch -d nome-branch
  1. Remova a branch de feature do seu fork remoto

    git push origin --delete nome-branch

4.2. Colaborador em Repositório com Fork

Caso você não seja o mantenedor do repositório, será necessário criar um Pull Request (PR) para solicitar a inclusão das suas alterações na branch principal (geralmente chamada de main ou master). Siga os passos abaixo:

4.2.1 Configuração inicial do upstream

Conecte seu fork com o repositório original, caso ainda não tenha feito:

git remote add upstream https://github.com/dono-original/nome-repositorio.git

4.2.2 Atualizando a Branch Main Local

Antes de iniciar o trabalho, garanta que a branch main do seu repositório local esteja atualizada com a versão mais recente do repositório remoto.

  1. Mude para a branch main:

    git checkout main
  1. Busque atualizações do repositório original:

    git fetch upstream
  1. Integre mudanças do upstream/main em sua main local

    git merge upstream/main
  1. Atualize seu fork no GitHub

    git push origin main

4.2.3 Criando nova branch de feature

  1. Crie e mude para uma nova branch de feature:

    git checkout -b nome-branch
  1. Se já tiver a branch e ela foi criada anteriormente, faça um merge ou rebase para incorporá-la à versão atual:
    • Merge:

      git checkout nome-branch
      git merge main
    • Reabse:

      git checkout nome-branch
      git rebase main

Nota: O merge cria um novo commit de mesclagem, enquanto o rebase reaplica seus commits sobre as mudanças da main. Use o método que preferir, levando em consideração o fluxo de trabalho da equipe.

4.2.4 Fazendo Alterações no Projeto

Nesta etapa, faça as alterações necessárias no projeto, como modificar arquivos, adicionar novos arquivos ou pastas:

  • Modifique múltiplos arquivos em diferentes pastas.
  • Crie novos arquivos conforme necessário.
  • Exclua arquivos que não são mais necessários.
  • Mantenha as alterações focadas na feature/correção em que está trabalhando.
  • Realize commits frequentes para não perder o trabalho.
  1. Verifique quais arquivos foram modificados:

    git status
  1. Verifique as alterações específicas em cada arquivo:

    git diff nome-arquivo
  1. Adicione as alterações ao stage:

    • Específico:

      git add nome-arquivo
    • Todos os arquivos:

      git add .
  2. Salve as alterações em um commit:

    git commit -m "Descrição das alterações"
  1. Caso precise modificar o último commit (antes do push)

    git commit --amend -m "Nova mensagem de commit"

4.2.5 Atualizando com Upstream Antes do PR

  1. Busque as últimas alterações do upstream:

    git fetch upstream
  1. Reaplique seus commits sobre a versão mais atual do upstream:

    git rebase upstream/main
  1. Envie sua branch atualizada para seu fork:

    git push origin nome-branch

4.2.6 Criando e Gerenciando Pull Request (PR)

  1. Vá até a página do seu fork no GitHub e crie um Pull Request:

    • Clique em “New Pull Request” ou acesse a aba “Pull requests”.

    • Inclua um título claro, uma descrição detalhada das alterações, referência a issues relacionadas (se houver), e evidências de testes, prints ou GIFs (se aplicável).

  2. Clique em “Create Pull Request” para submeter a solicitação de mesclagem ao mantenedor do repo.

  3. Após criar o PR:

    O proprietário pode tomar duas decisões:

    • Aprovar a Pull Request, executando o Merge (Mesclagem com a main)

    • Recusar a Pull request, ou solicitar modificações. Se o proprietário precisar solicitar modificações, alguns procedimentos específicos deverão ser tomados, conforme se segue:

      • Para o Proprietário do Repositório que solicitas as alterações de código:

        1. Revise e comente nas linhas: Depois que acessar a PR, clique no nome do commit e o arquivo modificado será aberto. Observe as linhas a serem mudadas e clique no sinal de mais + azul. Escreva um comentário explicando o que precisa ser alterado no código e clique no botão Start Review para iniciar a revisão e fará com que a PR fique pendente (pending).

        2. Solicite alterações: Paraa finalizar a solicitação de alterações, clique na seta ao lado do botão Finish your review. Uma nova janela se abre e deixe um comentário explicativo, marque a opção Request changes e clique em Submit review. Isso sinalizará ao colaborador que há ajustes a serem feitos antes da aprovação por mensagem de e-mail, aparecendo também na sequência da Pull Request um botão de aviso chamado Changes requested. Seja acessível para dúvidas: Informe que o colaborador pode comentar no PR caso precise de esclarecimentos.

      • Para o Colaborador que faz as modificações solicitadas:

        1. Leia os comentários: Revise os comentários e entenda o que precisa de ajustes nos códigos. Neste ponto, o colaborador não precisa mudar nada na Pull Request.

        2. Altere o código: Faça as modificações no seu repositório local e realize todos os testes para ver se a funcionalidade foi alcançada ou o código foi corrigido.

        3. Envie as mudanças para o PR: Utilize os códigos abaixo. Observe que será necessário outra commit para salvar as novas modificações.

          # Faça as alterações necessárias 
          git add . 
          git commit -m "Ajustes conforme revisão do PR" 
          git push origin nome-branch
        4. Comente e finalize: Se precisar de dar mais informações, use os comentários no PR para discutir e esclarecer pontos que você achou pertinente durante as alterações do código.

    - Por fim, o Proprietário do repositório verifica as correções clicando na nova commit desse Pull Request; então, confere as mudanças e depois termina a revisão cliclandona seta ao lado do botão Finish Your Review, adicionando um comentário na janela que se abre, indicando se as modificações foram bem-sucedidas. Depois, seleciona a opção Approve request e clica em Submit Review para concluir. A janela do Pull Request se abrirá novamente, permitindo que o proprietário finalize o processo de mesclagem clicando em Merge Pull Request.

4.2.7 Após Aprovação do PR

  1. Retorne para a branch main:

    git checkout main
  1. Atualize sua main local com as mudanças do upstream:

    git pull upstream main
  1. Atualize a main do seu fork:

    git push origin main
  1. Remova a branch de feature localmente:

    git branch -d nome-branch
  1. Remova a branch de feature do seu fork remoto:

    git push origin --delete nome-branch

4.2.8 Considerações Finais

  • Pull Request (PR) é o processo mais comum para sugerir mudanças em um projeto colaborativo no GitHub. Ao criar um PR, você solicita que suas alterações sejam revisadas e integradas à branch principal.

  • Comunicação: Descreva claramente o que foi alterado no PR para facilitar a revisão. Isso ajuda o mantenedor a entender o contexto das mudanças.

  • Boa Prática: Sempre trabalhe em branches separadas para manter a organização do repositório e garantir que a branch principal se mantenha estável.


5. Recuperando Trabalho sem Branch

Se você fez alterações em arquivos, mas não criou uma branch e nem as comitou, e percebeu que deveria estar trabalhando em uma nova branch, não se preocupe. É possível criar uma nova branch e mover suas alterações para ela, sem perder nada. Veja como proceder:

5.1 Salvando Alterações Atuais

  1. Salve temporariamente suas alterações não commitadas:

    git stash save "Alterações em progresso"

5.2 Atualizando Main e Criando Branch

  1. Busque atualizações do repositório original:

    git fetch upstream
  1. Integre as mudanças do upstream:

    git merge upstream/main
  1. Crie e mude para uma nova branch:

    git checkout -b sua-branch

5.3 Recuperando Alterações

  1. Recupere as alterações salvas no stash:

    git stash pop

5.4 Após Resolver Conflitos (se houver)

  1. Adicione os arquivos resolvidos ao stage:

    git add .
  1. Crie um commit com as alterações:

    git commit -m "Descrição das alterações recuperadas"
  1. Envie a branch para seu fork:

    git push origin sua-branch

5.5 Criando Pull Request e Procedimentos Seguintes

Após enviar suas alterações para seu fork, passe para a parte de criar um Pull Request no GitHub e siga os procedimentos seguintes, conforme descrito anteriormente para proprietários ou colaboradores do repositório.


6. Apagando a Última Modificação Caso Haja Erro

Se ocorrer algum erro, é possível voltar ao estado anterior à modificação. Você pode até reverter para um estado anterior mais distante, mas é importante ter cuidado ao resetar commits mais antigos, pois isso pode impactar o histórico do projeto. Mesmo que isso não seja sempre necessário, é útil saber como proceder caso precise corrigir algo.

6.1 Visualizar Histórico de Commits

Primeiro, você precisa verificar o histórico de commits e identificar o ponto para o qual deseja reverter o projeto. Para isso, use o comando:

git reflog

Esse comando exibirá uma lista com o histórico de commits e seus identificadores (hashes), que são códigos alfanuméricos de 8 caracteres. Identifique o commit anterior ao erro que você deseja corrigir.

6.2 Resetar para um Commit Anterior

Para voltar a um commit anterior, execute o seguinte comando, substituindo o identificador do commit pelo hash correspondente:

git reset --hard 7d0932f

Esse comando redefine o repositório local para o estado do commit especificado, desfazendo qualquer alteração feita após ele. Cuidado: isso removerá qualquer mudança não comitada.

6.3 Revertendo o Reset (Opcional)

Se você mudar de ideia e quiser restaurar o commit que acabou de resetar, pode voltar atrás executando novamente o comando git reflog e usando o identificador do commit que deseja recuperar:

git reset --hard 5a6cc0a

6.4 Sincronizar com o Repositório Remoto

Após fazer um reset local, é importante garantir que o repositório remoto também esteja atualizado. Se o repositório remoto tiver commits que você reverteu no local, será necessário forçar a atualização para alinhar ambos os históricos. Isso pode sobrescrever as alterações no servidor remoto, então tenha certeza das suas mudanças.

Para forçar o push das alterações locais para o repositório remoto, utilize:

git push --force

Esse comando força a sobrescrição do histórico remoto com o histórico local.

6.5 Considerações Importantes

  • Usar git reset --hard com cautela: Esse comando remove permanentemente as alterações que não foram comitadas e pode alterar o histórico de commits.

  • Reverta apenas se necessário: Antes de usar o --force para sobrescrever o repositório remoto, certifique-se de que isso não afetará o trabalho de outros colaboradores.

  • Alternativa com git revert: Em vez de usar reset --hard, você pode usar git revert para desfazer alterações sem alterar o histórico. Isso cria um novo commit que desfaz as mudanças, mantendo a integridade do histórico de commits.


7. Descartando Alterações em Arquivos Específicos

Se você fez alterações em um arquivo, mas ainda não fez o commit e deseja descartar essas modificações, retornando o arquivo ao estado do último commit, siga os passos abaixo usando o Terminal do Git:

7.1 Verificar o Status do Repositório

Antes de qualquer ação, é importante verificar o estado atual do repositório e ver quais arquivos foram modificados ou estão prontos para commit.

git status

Esse comando listará os arquivos que foram modificados e se estão ou não no staging area (prontos para serem commitados).

7.2 Descartar as Alterações em um Arquivo Específico

Se você deseja descartar todas as modificações feitas em um arquivo específico e restaurá-lo ao estado do último commit, use o seguinte comando:

git checkout -- nome-do-arquivo

Esse comando descarta as alterações locais não commitadas no arquivo especificado, retornando-o ao estado do último commit.

7.3 Remover Arquivos do Stage (Caso Estejam Preparados para Commit)

Se o arquivo já foi adicionado ao staging area (ou seja, preparado para commit com git add), mas você quer removê-lo dessa área sem descartar suas alterações, use o comando abaixo:

git reset HEAD nome-do-arquivo

Esse comando remove o arquivo do staging area e desfaz o git add, mas mantém as alterações feitas no arquivo. Isso é útil quando você quer revisar ou modificar mais antes de commitá-lo.


8. Boas Práticas Gerais e Comandos Úteis

8.1 Boas Práticas

  • Commits Pequenos e Frequentes: Realize commits de maneira frequente e com descrições claras. Isso facilita a revisão do código e ajuda a identificar pontos de erro rapidamente.

  • Sincronize Regularmente: Faça git pull regularmente antes de começar a trabalhar para garantir que você está com a versão mais recente do projeto. Isso evita conflitos e confusões.

  • Use Branches: Sempre crie uma nova branch para implementar mudanças específicas, mantendo a branch master ou main estável.

  • Revisão de Código (Pull Requests): Utilize Pull Requests para revisar as alterações de forma colaborativa antes de mesclá-las à branch principal. Isso melhora a qualidade do código e reduz o risco de bugs.

  • Mensagens de Commit Claras e Descritivas: Escreva mensagens de commit que descrevam claramente as alterações feitas.

  • Verifique Arquivos Temporários: Certifique-se de não incluir arquivos temporários ou irrelevantes no commit.

  • Mantenha um .gitignore Atualizado: Mantenha o arquivo .gitignore atualizado para evitar que arquivos desnecessários sejam incluídos no repositório.

  • Teste Suas Alterações: Sempre teste suas alterações antes de realizar um commit.

  • Revise Suas Alterações Antes do Commit: Faça uma revisão cuidadosa das alterações antes de commitá-las.

  • Desfazer Alterações em Arquivos Específicos: Para desfazer alterações em arquivos específicos, consulte a seção 7. Descartando Alterações em Arquivos Específicos.

  • Desfazer o Último Commit (Antes do Push): Para desfazer o último commit antes do push, utilize:

    git reset --soft HEAD~1

8.2 Comandos Úteis

  • Mostrar Estado Atual do Repositório:

    git status
  • Listar Todas as Branches Locais:

    git branch
  • Mostrar Todos os Repositórios Remotos Configurados:

    git remote -v
  • Exibir Histórico de Commits de Forma Resumida:

    git log --oneline

9. Anexo de Criação do Arquivo README.Rmd

Recomendamos sempre criar um bom arquivo README para descrever bem seu repositório. Para criar o README.Rmd, você pode usar a função usethis::use_readme_rmd(). Mas o que há de tão especial em usar o README.Rmd em vez de apenas o README.md?

Benefícios do README.Rmd

Com o README.Rmd, você pode incluir tabelas e gráficos usando chunks de código R, algo que não é possível diretamente no README.md. Veja um exemplo de tabela gerada com código R:

summary(cars)
#>      speed           dist       
#>  Min.   : 4.0   Min.   :  2.00  
#>  1st Qu.:12.0   1st Qu.: 26.00  
#>  Median :15.0   Median : 36.00  
#>  Mean   :15.4   Mean   : 42.98  
#>  3rd Qu.:19.0   3rd Qu.: 56.00  
#>  Max.   :25.0   Max.   :120.00

Além de tabelas, você também pode incorporar gráficos. Por exemplo:

Esses recursos tornam o README mais dinâmico e informativo, especialmente útil quando você deseja fornecer uma visão rápida e visual dos dados ou do funcionamento do seu projeto.

Nota: Você precisará renderizar o README.Rmd regularmente para manter o README.md atualizado. Não se esqueça de fazer o commit e enviar (push) os arquivos de figuras resultantes para que eles sejam exibidos corretamente no GitHub. Na etapa de versionamento, siga as orientações apropriadas, seja você o proprietário ou um colaborador do repositório.

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